Estado de SP descarta reassumir gestão do Hospital Municipal de Taubaté

Informação foi dada pelo vice-governador Felício Ramuth (PSD) durante agenda nesta quarta-feira (26) em São José dos Campos. Na última semana, a Prefeitura de Taubaté havia solicitado medida à gestão estadual.

O vice-governador Felício Tamuth (PSD) descartou a possibilidade do Estado de São Paulo reassumir a gestão do Hospital Municipal Universitário de Taubaté (SP). O pedido havia sido feito na última semana pela Prefeitura de Taubaté, que enfrenta uma crise financeira (veja mais abaixo).

“Não existe planejamento em relação a isso no Estado, de assumir hospitais municipalizados. Não existe nenhum planejamento”, disse Felício durante agenda em São José dos Campos.

Hospital Municipal Universitário de Taubaté (Hmut) — Foto: Lucas Tavares/g1

Felício descartou a possibilidade de reassumir a gestão do hospital e afirmou que o Estado seguirá custeando parte da operação.

“O Hmut tem já um repasse do governo estadual e continuará tendo esse repasse. Mas a administração hoje, é bom deixar claro, é feita pela prefeitura. Portanto, o custeio é de responsabilidade do prefeito que também tem que ter os seus cuidados para garantir bom atendimento de saúde da população de Taubaté e também no caso da região com repasses que o Estado faz”, completou.

Procurada pelo g1, a Prefeitura de Taubaté disse que não foi formalmente informada sobre a negativa.

Pedido em ofício

O pedido para que o Estado assumisse a gestão do Hmut havia sido feito por meio de ofício na última semana. No documento, a gestão de Saud (MDB) solicitava que o Estado reassuma a administração do hospital ou aumentasse o repasse financeiro mensal em R$ 2 milhões.

Prefeitura de Taubaté quer devolver gestão do Hmut para o governo do Estado — Foto: Reprodução

Quatro anos após a municipalização do hospital, o pedido aconteceu no momento em que a prefeitura acumula dívidas milionárias em serviços públicos. Em entrevista ao Link Vanguarda, Saud afirmou que o pedido não é motivado pela crise financeira, mas se trata de gestão.

“Não é por falta de recurso que estamos passando. É uma decisão que temos que tomar para que os munícipes não tomem prejuízo”, disse em entrevista.

Na Saúde, os atrasos nos repasses atingiram R$ 20 milhões, com débitos a fornecedores, entre eles a a Associação Paulista para o Desenvolvimento de Medicina (SPDM), responsável pela administração do Hmut. Segundo o prefeito, o débito com a SPDM é de R$ 9 milhões.

Prefeitura de Taubaté quer devolver gestão do Hmut para o governo do Estado — Foto: Reprodução